O movimento que ficou conhecido na história como “A reforma protestante”. Foi sem sombra de dúvida, “o maior e o mais importante acontecimento na história da igreja, depois do Pentecoste.” Depois do pentecoste, nenhum evento foi tão expressivo como a reforma protestante.
Se o dia de “pentecoste” em (At 2:3), foi marcado pelo derramamento do Espirito Santo sobre toda igreja e pelo fenômeno da “Glossolalia”, a experiência do falar em outras línguas. A “reforma protestante” marcou o retorno da igreja aos trilhos da verdade e a centralidade das escrituras.
A reforma protestante: “Não foi uma busca pela inovação, nem tão pouco uma busca pelas novidades. Mas foi um retorno ao cristianismo puro e simples ensinado pelos apóstolos.” Aliás, esta é a ideia da “Reforma Protestante” - retornar a forma original, voltar às origens, de quando a igreja iniciou centrada nos trilhos da verdade.
Fico estarrecido porque, 506 anos depois da reforma protestante, ainda há muitos cristãos, incluindo líderes de igrejas que falam mal e até criticam quando tratamos sobre a importância da reforma protestante. Na verdade eles:
Isto, me lembra um famosos adágio popular que diz: “Você não pode saber para onde está indo, se não souber primeiro de onde veio”. Portanto, você só vai saber qual a importância da reforma protestante, quando de fato, souber o que estava acontecendo no contexto da reforma. - Veja:
Este é o quadro pintado pela história que descreve a triste situação da igreja naquele contexto. E o resultado deste desvio da igreja, era visto em todas as áreas da sociedade:
O pior de tudo, é que diante desta triste situação: A igreja não fazia nenhuma diferença, ao ponto de haver um descredito total por parte da sociedade no papel da igreja. O sentimento predominante na sociedade era de insegurança, ansiedade, melancolia e pessimismo. Alias:
“Todas as vezes na história em que a igreja saiu dos trilhos da verdade e abandonou a verdade se desviando do evangelho consequentemente a sociedade padeceu”.
Portanto, a igreja foi chamada do mundo, para estar no mundo, sem ser do mundo, para ser luz no mundo. Os nossos pês estão aqui, mas os nossos corações estão no céu.
A reforma protestante, foi um fenômeno que incluiu vários aspectos envolvendo tanto o âmbito: “social, político, econômico, cientifico e cultural. Mas sobretudo, foi também um evento de natureza teológica que resultou no retorno da igreja as escrituras. Nisto, a reforma protestante foi uma resposta dos reformadores aos desvios da igreja. Por essa razão, a ênfase da reforma consiste em 5 pontos:
Os 5 Solas da Reforma Protestante se constitui os pontos principais que representam uma resposta clara contra os ensinos equivocados da Igreja romana.
Portanto, volto a reafirmar o que desde de o início desta exposição eu já declarei. A reforma protestante foi sem sombra de dúvida o maior e o mais importante evento ocorrido na história da igreja depois do pentecoste. E nisto, faço mais uma vez esta ressalva: “A reforma não é uma busca pelo novo, mas um retorno há forma original.
Precisamos de uma Reforma que nos ponha de volta no caminho da verdade e de uma vida cheia do Espírito Santo. Que Deus nos ajude a buscarmos essa Reforma no sacerdócio, na teologia, na liturgia e na vida!
“Solus Escriptura – aponta Somente a escrituras tem autoridade final”.
A coragem para se movimentar começa com a obediência, mesmo diante de obstáculos aparentemente intransponíveis. Josué instrui o povo a seguir a arca da aliança, simbolizando a presença de Deus. Devemos nos perguntar: Quais instruções de Deus estamos ignorando devido à obsessão pelos obstáculos? Às vezes, as maiores oportunidades surgem quando decidimos obedecer, independentemente das circunstâncias.
Não é o tamanho do passo que importa, mas a direção. Mesmo em nossa fraqueza, somos chamados a seguir na direção de Deus. Às vezes, o medo nos paralisa, mas a coragem para se movimentar requer um compromisso de avançar, confiando que Deus guiará nossos passos. Perguntemo-nos: Em que direção estamos indo?
Deus opera milagres, mas espera movimento de nossa parte. A coragem para se movimentar envolve avançar no poder de Deus, mesmo quando as situações parecem impossíveis. Perguntemo-nos: Para onde precisamos ir? Que passos de fé precisamos dar, confiando no poder sobrenatural de Deus?
À medida que concluímos este segundo sermão da série START, somos desafiados a ter a coragem não apenas de lembrar das promessas de Deus, mas também de nos movimentarmos em direção a elas. Obedeçamos apesar dos obstáculos, sigamos na direção de Deus, apesar da fraqueza, e avancemos no poder de Deus, apesar das impossibilidades. Este é o caminho para a vitória que Deus tem reservada para cada um de nós.
Examine as Instruções de Deus:
Faça uma reflexão honesta sobre sua vida e identifique as instruções de Deus que você pode ter ignorado devido aos obstáculos. Comprometa-se a obedecer, independentemente das circunstâncias.
Avalie a Direção de Sua Vida:
Reflita sobre a direção em que sua vida está indo. Esteja disposto a fazer ajustes se necessário, seguindo na direção que Deus aponta, mesmo em meio à sua fraqueza.
Identifique Passos de Fé:
Considere as áreas em que Deus está chamando você para avançar. Identifique passos práticos de fé que você pode tomar, confiando no poder de Deus para superar as impossibilidades.
E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
Solus Christus - Somente Cristo é o único mediador entre Deus e os homens; A singularidade de Cristo é clara e explicita em toda a Bíblia. Ele não é uma verdade entre outras; ele é a verdade. Ele não é um caminho entre muitos; ele é o Caminho. Ele não é um mediador no meio de outros intercessores; ele é o único Mediador entre Deus e os homens. Ele não é um salvador entre outros salvadores. Ele é o único pelo qual somos salvos. Ele é a porta do céu. Ele é o novo e vivo caminho para Deus. E fora dele não há salvação.
A Reforma Protestante foi também um retorno à centralidade de Cristo, pois ele é o centro das Escrituras. E neste aspecto, Destacaremos aqui quatro pontos importantes:
A igreja da Idade Média havia criado um panteão de intercessores. Maria e os santos canonizados eram abertamente invocados como aqueles que deveriam interceder por nós junto a Deus. Ainda hoje há uma máxima na igreja romana: “Pede à Mãe, que o Filho atende”. Esses ensinamentos estão em flagrante oposição ao que a palavra de Deus ensina.
A Bíblia é enfática: “Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Tm 2.5).
O próprio Jesus foi claro: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6).
- Jesus não é um Mediador entre outros; ele é o único Mediador.
- Ele não é um dos muitos caminhos para o céu; ele é o único;
- Jesus é a porta e ninguém poderá chegar a Deus, exceto por ele!
O homem não pode salvar a si mesmo por meio de suas obras.
A igreja não pode salvar o homem por meio de seus rituais.
A ideia de que o batismo pode regenerar o homem é um ledo engano.
A ideia de que podemos ser salvos pela penitência é um rotundo erro.
A salvação é obra de Deus, oferecida aos pecadores, pela graça, mediante a fé em Cristo. Não há nenhum outro nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos, exceto o nome de Jesus (At 4.12). Só ele salva (At 16.31). Só nele temos vida eterna (Jo 6.47). Não cooperamos com Deus em nossa salvação, pois tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo, por intermédio de Jesus (2Co 5.18).
A ideia de que o papa é a pedra fundamental e o cabeça da igreja é um consumado do erro. Veja:
A igreja só tem um fundamento: este é Jesus (1Co 3.11).
A igreja só tem um cabeça: este é Jesus (Ef 1.22).
A igreja só tem um dono: este é Jesus (Mt 16.18).
A igreja só tem um Senhor: este é Jesus (Fp 2.9-11).
Jesus morreu para comprar com o sangue aqueles que procedem de toda tribo, língua, povo e nação (Ap 5.9).
A ideia de que o papa é o Sumo Pontífice, ou seja, o supremo mediador entre Deus e os homens não tem qualquer amparo nas Escrituras.
- Cristo é o nosso grande Sumo Sacerdote. Ele é grande porque morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras e ressuscitou segundo as Escrituras para a nossa justificação (1Co 15.3; Rm 4.25).
- Ele penetrou os céus (Hb 4.14)
- Está à direita de Deus, intercedendo por nós (Rm 8.34).
- Por essa razão, ele pode salvar-nos totalmente (Hb 7.25).
- Porque Jesus foi o sacrifício perfeito e o Sacerdote supremo, nossos pecados foram julgados nele. Com base em seu sacrifício substitutivo, fomos declarados justos diante do tribunal de Deus. Estamos quites com sua lei e com sua justiça.
Não pesa mais nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm 8.1). Oh, quão grande Redentor temos em Cristo. Permanece tremulando a bandeira da Reforma: Solus Christus!
A Reforma trouxe à Igreja o Evangelho simples dos apóstolos, centrado na suficiência e exclusividade da obra de Cristo para a salvação. A velha confissão de Paulo foi de novo a confissão dos reformadores: “Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1Co 2:2).
A coragem de desacelerar começa com a parada para adorar a Deus. Às vezes, nos perdemos na correria da vida, esquecendo-nos da importância de adorar e reconhecer a grandiosidade do nosso Senhor. Paremos deliberadamente para adorar, oferecendo a Ele o nosso tempo e coração.
Desacelerar também envolve parar para lembrar da providência de Deus em nossas vidas. Israel, ao atravessar o Jordão, ergueu um memorial de pedras como testemunho das obras de Deus. Da mesma forma, devemos refletir sobre os momentos em que Deus agiu poderosamente em nossa jornada e construir memorais de gratidão.
A coragem de desacelerar culmina na parada para contemplar o poder de Deus. Josué destaca que é o Senhor que secou o Jordão diante do povo. Ao desacelerarmos, somos capazes de contemplar a majestade e o poder do nosso Deus, renovando nossa confiança n’Ele.
Ao concluirmos este terceiro sermão da série START, somos desafiados a abraçar a coragem de desacelerar em nossas vidas. Ao pararmos para adorar, lembrar da providência de Deus e contemplar Seu poder, fortalecemos nossa fé e renovamos nosso compromisso de seguir avançando com Ele.
Agenda de Adoração Diária:
Reserve tempo diariamente para adoração pessoal. Crie um espaço na sua agenda para louvor, oração e reflexão, cultivando uma conexão mais profunda com Deus.
Criação de Memorais de Gratidão:
Identifique momentos significativos em sua jornada espiritual e crie “memoriais” para lembrar da providência de Deus. Isso pode ser feito por meio de anotações, fotografias ou outros símbolos tangíveis.
Tempo de Reflexão sobre o Poder de Deus:
Dedique períodos regulares para contemplar o poder de Deus em Sua criação, na Sua Palavra e em Sua obra em sua vida. Desacelere para reconhecer Sua grandeza e renovar a confiança em Seu poder.
“Pois a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens”.
Os reformadores entenderam a importância da graça de Deus para o ensino bíblico sobre a salvação. De fato, um dos lemas que veio a definir o ensino da Reforma era sola gratia, que é o latim para “somente pela graça”. Somos salvos somente pela graça de Deus. O apóstolo Paulo diz que somos salvos pela graça, mediante a fé (Ef 2.8).
Não podemos ser salvos pelos nossos próprios méritos e esforços, pois antes de sermos alcançados pela graça de Deus, estávamos espiritualmente mortos: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência.” (Ef 2:1,2).
Depois de anos buscando alcançar a salvação pelos seus esforços, o reformador Martinho Lutero finalmente entendeu, através das Escrituras, que não é possível para o ser humano ser salvo pelo cumprimento da Lei. “Como está escrito: Não há justo, nem um sequer… visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado.” (Rm 3.10,20); “E é evidente que, pela lei, ninguém é justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé.” (Gl 3.11).
Os reformadores compreenderam que, tendo como base a justiça de Cristo, Deus pode e efetivamente declara justo aquele que crê. Este ato de declarar justo é algo completamente gratuito, pois o homem nada fez para merecer isso, uma vez que tudo provêm da obra e dos méritos do Senhor Jesus Cristo. Jesus não só morreu por nós, mas viveu por nós. Cada ato de obediência, seja no batismo para “se cumprir toda justiça” (Mt 3.15), seja na tentação no deserto (Mt 4.1-11), foram realizados em nosso favor. A base da nossa justificação é a graça de Deus, e a justiça que é colocada em nossa conta é a retidão e obediência de Jesus em seu ministério terreno.
A salvação não uma conquista humana. A salvação é uma dádiva de Deus. A salvação não é um mérito. A salvação é um favor imerecido. Tudo o que merecíamos era o juízo. Mas ele nos ofereceu o perdão. Nós mereceríamos a condenação e Deus nos deu a salvação.
Deus decidiu nos amar mesmo nós sendo fracos, ímpios, pecadores e inimigos. Ele nos amou. Ele inclinou para nós seu coração mesmo quando não o buscávamos. Ele planejou, realizou e consumou nossa salvação. Tudo provém dele. Tudo é feito por ele para que a glória seja toda dele. Nós somos troféus de sua graça.
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