CONTEÚDO DA SEMANA 01

1. SOLA SOLI DEO GLORIA” - SOMENTE A DEUS PERTENCE A GLORIA DO INICIO AO FIM;

Texto Base – (Rm 13:36):

“Porque dele, e por ele, e para ele são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente”.

Á DESESPERO NA ESPERANÇA HUMANA.

Introdução:

Nossos pilares não são suficientemente firmes para suportar os esbarros da vida. Tempestades borrascosas desabam sobre nós e, não raro, abalam nossas estruturas. Não somos suficientemente fortes. Nossa força, ainda que a mais robusta, não passa de consumada fraqueza. O nosso vigor físico, por mais exuberante, pode ser debilitado repentinamente por uma enfermidade agressiva. A estabilidade das riquezas é frágil demais para garantir-nos segurança ou proporcionar-nos felicidade. Os prazeres deste mundo e os deleites da vida, por mais variados e abundantes, não podem preencher o vazio de nossa alma.
Nossas conquistas, diplomas e medalhas de honra ao mérito podem até massagear nosso ego por um tempo, mas não dão real e pleno significado à nossa vida. Ah, nossos amigos, por mais ilustres, não podem estar conosco para nos sustentar, quando cruzamos os vales profundos da sombra da morte. Nem mesmo nossa família pode nos acompanhar quando tivermos de atravessar os portais da morte.
Precisamos de um refúgio verdadeiro e onipotente. Precisamos de um amparo seguro que nos agasalhe na hora da tempestade. Onde está esse refúgio? Não está na terra. Não está em nossa força nem em nossa sabedoria. Não está no dinheiro nem nos amigos. Não está em nós mesmos nem em nossa família. Nosso verdadeiro refúgio está em Deus. Nele está nossa esperança.

Por que Deus pode ser a nossa esperança?

– Em primeiro lugar, porque ele nos criou e dele somos. 

Nossa vida não é fruto do acaso nem surgiu espontaneamente. Nossa vida não é resultado de uma evolução multi-milenar nem planejada apenas pelos nossos pais. Fomos criados por Deus. Foi ele quem nos formou de forma assombrosamente maravilhosa. Ele conhece cada célula do nosso corpo e tem bem contados cada fio de cabelo de nossa cabeça. Ele planejou nossa vida, pois nos amou antes mesmo de criar os céus e a terra. Somos dele por direito de criação. Porque ele nos criou e cuida de nós, pode ser o nosso refúgio.

– Em segundo lugar, porque ele nos sustenta e nos protege

Deus não apenas nos criou, mas também cuida de nós. Nele vivemos, nos movemos e existimos. É ele quem nos dá respiração e tudo o mais. É ele quem nos guarda e supre nossas necessidades. É ele quem nos dá o pão de cada dia e preserva nossa vida. Nossa vida não está à deriva, jogada de um lado para o outro ao sabor das circunstâncias. Suas mãos dirigem o nosso destino. Ele nos cerca por todos os lados e põe sobre nós a sua mão. Ele é quem estende debaixo de nós seus braços eternos e nos carrega no colo.

– Em terceiro lugar, porque ele nos perdoa e nos dá a vida eterna. 

Se fôssemos entregues à nossa própria sorte pereceríamos irremediavelmente. Nossos pecados são muitos e maligníssimos. Um só seria suficiente para nos manter fora do céu. Porém, Deus nos amou a tal ponto que deu o seu Filho unigênito, para morrer pelos nossos pecados e ressuscitar para nossa justificação. Ele não poupou a seu próprio Filho, para poupar-nos da condenação eterna. Ele moeu seu Filho na cruz, para suspender o castigo que devia cair sobre nós. Seu Filho morreu em nosso lugar para revelar-nos seu amor e sua justiça. Em Cristo temos pleno perdão e copiosa redenção. Dele recebemos a vida eterna e a garantia da salvação. Não precisamos temer o passado, porque já fomos perdoados. Não precisamos temer o presente, porque temos livre acesso à sua graça. Não precisamos temer o futuro, porque temos garantia da glória. Em Deus está a nossa esperança. Jesus é a nossa própria esperança. Nossa vida não é como uma descida ladeira a baixo, onde vamos lamentando e chorando, mas como um monte alcantilado, que vamos escalando, exultantes de alegria, porque a nossa esperança está no Senhor.

CONTEÚDO DA SEMANA 02

2. DEUS, A ESPERANÇA DA NAÇÃO

 Texto base – (Is 33:22):

“Porque o Senhor é o nosso juiz, o Senhor é o nosso legislador, o Senhor é o nosso Rei; ele nos salvará” (Is 33.22).

Introdução:

O Brasil atravessa uma crise aguda, agônica, endêmica e sistêmica. A crise é moral, política, econômica, social e religiosa. A capilaridade da crise se espraia e cresce como tumores metastáticos, deixando a nação anêmica. Essa crise enfiou seus tentáculos nos poderes constituídos, deixando-os apequenados aos olhos da nação. Os poderes judiciário, legislativo e executivo foram severamente atingidos, deixando o povo brasileiro desassistido de esperança.

O texto em epígrafe, acende uma réstia de luz em nosso caminho, revelando-nos que nossa esperança não está nos homens, mas em Deus. Nosso socorro não vem da terra, mas do céu. Nossa salvação não está nos poderes constituídos da República, mas no Senhor Deus, nosso juiz, legislador e rei. Deus concentra em suas mãos esse tríplice poder. Seu trono jamais se enverga sob a pressão dos criminosos para se livrarem de seus delitos. Suas leis jamais se rendem aos interesses inconfessos e escusos dos perversos para protegê-los. Seu governo jamais se fragiliza diante dos rumores da história ou dos estertores das ruas.

O trono de Deus está, imperturbavelmente, estabelecido. Deus reina soberano e absoluto em todo o universo. Ele levanta reinos e abate reinos. Levanta reis e depõe reis. Ele faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade. Aquele que está assentado na sala de comando do universo tem as rédeas da história em suas onipotentes mãos.

Os juízes da terra podem falhar, e falham. Os legisladores podem se corromper, e se corrompem. Os governantes podem perder a governabilidade, e perdem. Mas, o trono de Deus jamais será abalado. Suas leis jamais caducam e sua justiça jamais é torcida. Seu poder jamais se enfraquece. Seu juízo jamais se corrompe. Deus é o nosso juiz, legislador e rei. Nele está a nossa esperança. Dele vem a nossa salvação.

Deus é a base e o construtor do poder judiciário. Seu trono de justiça é o modelo para todos aqueles que julgam. Os tribunais da terra, não raro, por desprezarem esse paradigma, manipulam as leis, torcem a justiça, condenam o inocente e inocentam o culpado. Deus é, também, o alicerce e o edificador do poder legislativo. Ele é o legislador supremo. Suas leis são justas e verdadeiras. Observá-las é viver sob o manto da bem-aventurança; porém, transgredi-las é expor-se ao opróbrio e à vergonha.

Deus é, ainda, o fundamento e o arquiteto do poder executivo. O Senhor é o nosso rei. Seu trono é eterno. Seu governo jamais terá fim. Mesmo nos tempos mais turbulentos da história, nas crises mais avassaladoras que atingiram os homens, Deus jamais perdeu o controle. A história não está à deriva; caminha para uma consumação gloriosa, onde a vitória retumbante será do Senhor e do seu Cristo.

O texto em tela, não apenas acentua a verdade incontroversa de que Deus é o nosso juiz, legislador e rei, mas nos garante, também, de forma insofismável, que ele nos salvará. Aqui colhemos decepções e mais decepções com os homens. Aqui, aqueles que vestem a toga da justiça, muitas vezes, maculam-na com a nódoa da corrupção. Aqui, aqueles que legislam, muitas vezes, vendem sua consciência, para fazerem leis injustas, para favorecer os inescrupulosos, empanturrados de ganância.

Aqui, aqueles que governam, muitas vezes, aparelham o Estado, para esconder seus crimes e oprimir o povo a quem deveriam servir com abnegação e respeito. Ah, os homens nos decepcionam! Mas, Deus, nosso juiz, legislador e rei nos salvará. Ele é a nossa esperança. Dele vem o nosso socorro!

CONTEÚDO DA SEMANA 03

3. COMO VENCER OS OBSTÁCULOS DA VIDA

Texto Base – (Rm 8:37):

37 Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. – Rm 8:37

Introdução:

A vida é uma corrida e uma corrida com obstáculos. No entanto, a nossa trajetória não se dá, num estádio iluminado, com pistas aplainadas e uma plateia entusiasmada nos ovacionando. Pelo contrário, nós cruzamos solitariamente desertos tórridos, nós navegamos por mares revoltos e atravessamos caminhos estreitos sobre os pântanos mais ameaçadores. Mais uma coisa é certa, os vencedores são aqueles que a pesar de suas fragilidades, tiram seus olhos das circunstâncias, para colocá-los justamente em Deus.
A Escritura diz que Deus faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor. Deus levanta do pó o abatido, do monturo o necessitado e o faz assentar-se entre príncipes. Deus é quem adestra nossas mãos para a batalha. É ele quem faz com que a mulher estéril seja alegre mãe de filhos. É ele quem nos toma pela mão direita, nos guia com seu conselho eterno e nos recebe na glória. Nossos problemas podem ser insolúveis, se olharmos para as nossas fraquezas. Porém, se olharmos para o Deus eterno, aquilo que nos era impossível, torna-se realidade, pois para o nosso Deus não há impossível em todas as suas promessas.

A história humana está crivada de exemplos de pessoas que superaram suas fraquezas, triunfaram sobre sua limitações e conquistaram retumbantes vitórias.
Thomas Alva Edson, o maior inventor de todos os tempos, somente frequentou o colégio três meses. A escola devolveu-o por concluir que não tinha condições de acompanhar seus pares. Sua mãe investiu em sua educação e fez dele um dos maiores cientistas do mundo.

Henry Ford, o maior fabricante de carros do mundo, estudou apenas até o primeiro ano do secundário. Inobstante as limitações de sua educação formal, foi uma das mentes mais brilhantes, criativas e empreendedoras da história.

John Milton ficou completamente cego aos cinquenta anos de idade. Para todos os que estavam à sua volta, era o fim de sua carreira, o epílogo triste de um homem que mergulhava na escuridão. Porém, sob o manto da cegueira, escreveu o grande clássico, “O paraíso perdido”.

O grande compositor Ludwig Van Beethoven, depois de uma surdez progressiva, ficou completamente surdo aos quarenta e seis anos de idade. Para todos, a surdez irreversível parecia ser o fim de sua brilhante carreira musical. Entretanto, apesar desse fato doloroso, ele compôs mais cinco sinfonias, suas músicas mais excelentes.

Fanny Crosby, a maior compositora evangélica de todos os tempos, ficou cega na sexta semana de vida e viveu noventa e dois anos na escuridão da cegueira. Mas, essa mulher extraordinária compôs mais de oito mil hinos traduzidos e cantados no mundo inteiro, músicas que têm espargido abundantemente a luz de Cristo Jesus. Todas essas pessoas enfrentaram imensos obstáculos, ultrapassaram barreiras humanamente impossíveis, mas venceram.

Talvez seus obstáculos são outros. Talvez você tem uma limitação física, ou emocional, ou mesmo espiritual. Talvez você esteja enfrentando uma crise conjugal, um drama familiar, uma tempestade financeira. Talvez você esteja amargando uma derrota fatídica por causa de um vício que o escraviza. Você se sente inadequado diante de desafios imensos, de ameaças concretas, de obstáculos superiores às suas forças. Nessas horas você é tentado é entregar os pontos, a jogar a toalha, a se dar por vencido.

Porém, encorajo você a olhar para cima, a olhar para Deus. Não há causa perdida quando a colamos nas mãos de Deus. Não há vida irrecuperável para o Filho de Deus. Ele fez prodígios ontem e continua fazendo maravilhas hoje. Ele é o nosso refúgio. Nele está a nossa esperança. Dele vem o nosso socorro. É ele quem nos faz mais do que vencedores!

CONTEÚDO DA SEMANA 04

4. A ALEGRIA DO CRENTE É ULTRA-CIRCUNSTANCIAL

Texto Base – (Tg 1:2-4):

² “Meus irmãos, tenham por motivo de grande alegria o fato de passarem por várias provações, ³ sabendo que a provação da fé que vocês têm produz perseverança.⁴ Ora, a perseverança deve ter ação completa, para que vocês sejam perfeitos e íntegros, sem que lhes falte nada.”

Introdução:

Tiago, líder da igreja de Jerusalém, escreve para as doze tribos da dispersão, gente que estava vivendo no vale do sofrimento, perdendo seus bens e sua liberdade. Para esses crentes fuzilados pelos ventos da perseguição, Tiago traz uma palavra de encorajamento. Destacaremos, aqui, alguns pontos importantes:

Em primeiro lugar, as provações na vida do crente são necessárias.

Tiago escreveu: “Meus irmãos, tende por motivo de toda alegria o passardes por várias provações (Tg 1.2). Passar pelo vale da prova não significa ausência do amor de Deus. Ser provado não é falta de fé nem expressão de imaturidade espiritual. A prova é diferente da tentação. O inimigo nos tenta para nos enfraquecer; Deus nos prova para nos fortalecer. O inimigo nos tenta para nos derrubar; Deus nos prova para nos transformar. Um atleta só tem um desempenho notório quando se submete à disciplina das provas. Através das provas, Deus vai esculpindo em nós o caráter de Cristo. Por meio do sofrimento, Deus vai nos burilando e nos tornando semelhantes a Cristo, que aprendeu pelas coisas que sofreu.

Em segundo lugar, as provações na vida do crente são variadas.

Tiago diz que os crentes passam não por poucas, mas por várias provações. Essa palavra significa “de diversas cores”. Há provas amenas e provas severas. Há provas leves e provas pesadas. Há diversas tonalidades de provas. Para cada prova, entretanto, há uma graça especial de Deus que nos capacita a enfrentá-la. Deus não nos prova além de nossas forças. Com a prova, Deus provê também o livramento. As provas não são produto do acaso, mas têm sua gênese na soberana providência divina. Mesmo quando o diabo e suas hostes lançam seus dardos inflamados contra nós, Deus transforma essas situações em bênção para nós. Podemos afirmar, com uma convicção inabalável: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8.28).

Em terceiro lugar, as provações na vida do crente são passageiras.

As provas vêm e vão, mas nós prosseguimos em nossa jornada rumo ao céu. Cruzamos desertos tórridos, descemos a vales escuros, escalamos montanhas íngremes e atravessamos pântanos perigosos, mas mesmo sangrando nossos pés nesse caminho estreito, marchamos resolutamente rumo à bem-aventurança eterna. Nós nos alegramos não por ficarmos nas provas, mas por passarmos por elas.

Em quarto lugar, as provações na vida do crente são propositais.

O projeto de Deus é nossa maturidade espiritual. A provação produz perseverança e a perseverança tem como objetivo sermos perfeitos e íntegros, em nada deficientes (Tg 1.3,4). Não há maturidade espiritual sem prova. Não há fortalecimento das musculaturas da nossa alma sem exercício. Somos provados para sermos aprovados. A fornalha das provações queimam apenas nossas amarras. Deus nos predestinou para sermos conformes à imagem do seu Filho e Deus está trabalhando em nós, transformando-nos de glória em glória, na imagem de Cristo. O cinzel de Deus é a prova. As provações tem como propósito nos desmamar das glórias deste mundo e colocar nossos olhos na recompensa eterna.
Em quinto lugar, as provações na vida do crente são enfrentadas com toda alegria.
Não somos como os estoicos que acreditam num destino cego. Não vivemos debaixo do rolo compressor das circunstâncias irremediáveis. Nossa vida é governada pelas mãos daquele que está assentado na sala de comando do universo e governa o mundo. Alegramo-nos não no sofrimento da prova, mas na convicção de que Deus está no controle de toda e qualquer situação e utilizará até mesmo a nossa dor para o nosso bem final.

Conclusão:

Afirmamos, portanto, com entusiasmo, que a alegria do crente é ultra circunstancial.

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